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terça-feira, 15 de maio de 2012

ORAÇÃO DE UMA CAMPONESA DE MADAGASCAR



A CAMPONESA

As elevadas palavras de uma lavoureira, em seu momento de prece, se teriam perdido no vento se não fosse a decisão da espiritualidade maior de eternizar sua oração através de cientistas antropólogos que recolheram e registraram suas palavras.

Era uma trabalhadora do eito, um desses espíritos praticamente anônimos a quem Deus se revelou em plenitude. deixando-lhe a ressoar no íntimo as melodias da visita divina.

Uma mulher tão igual a todas as que lutam, dia após dia, cuidando de suas famílias; e, ao mesmo tempo, uma serva de Deus tão diferente das que se sentem humilhadas pelos trabalhos domésticos.

Como está dito que o Espírito sopra onde quer, temos, nesta prece da camponesa de Madagascar cujo nome sequer sabemos, um instante de comunhão luminosa com o mundo espiritual superior e, através do fluido cósmico, com o próprio Deus.

No livro As mais belas orações de todos os tempos, os rogos da humilde camponesa estão ao lado de orações como a de São Francisco, de Santo Agostinho e de tantos outros espíritos santificados.

A bondade de Jesus alcança-nos de todas as maneiras!





Senhor, dono das panelas e das marmitas, não posso ser a santa que medita aos Vossos pés.
Não sei bordar toalhas para o Vosso altar.
Então, que eu seja santa ao pé do meu fogão.
Que o Vosso amor acenda a chama que eu acendi pela manhã, e me faça calar a vontade de gemer, às vezes, minha tristeza.
Eu tenho as mãos de Marta mas quero ter também as mãos de Maria.
Quando eu lavar o chão, lavai, Senhor, os meus pecados.
Quando eu puser na mesa a comida, comei também, Senhor, junto conosco.
É ao meu Senhor que eu sirvo, servindo as minhas crianças.

(Do livro "Corações em Luz" - Regis de Morais - pg.  - Editora do Centro Espírita Allan Kardec - Campinas/SP)